terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Quando essa ladainha vai mudar, ou melhor, voltar ao normal?

Palmeiras leva prejuízo nos clássicos no século XXI - em 37 jogos, foram apenas dez vitórias contra rivais estaduais.
Artilheiro do clássico, Thiago quase foi do Palmeiras - diretoria do Verdão não quis atleta, que foi jogar no rival.  Fonte LANCEPRESS!
O começo foi fulminante. Vitórias apertadas, sem convencer, mas ganhando e, principalmente, classificando-se para a Libertadores, para o desespero dos nossos adversários da marginal sem número e seus relações públicas disfarçados de jornalistas. Mas aí veio o primeiro jogo de verdade e...
Sei que o time vinha de uma viagem cansativa, mas havia feito um jogo facílimo contra o Táchira (saúde). Ao contrário de nossos adversários que penaram para manter o resultado em Marília e só conseguiram um placar maior nos descontos. O que aconteceu? Eles entraram com a zaga reserva, com duas estréias em lugares importantes e não nos deixaram jogar.
Não assisti ao jogo, ouvi, e só dava eles, roubando bola, antecipando ou se aproveitando de falhas individuais. E quando finalmente descemos ao ataque, gols perdidos. Precisamos de nove oportunidades para fazer duas, e uma foi de pênalti. Foi um domingo desastroso para a família Palestrina e uma segunda-feira de cinzas.
Não perdemos o campeonato neste jogo (pelo menos espero isso). Aliás, ainda bem que nosso técnico é o Leão. Vai tirar proveito da derrota – mesmo porque a mídia vai querer ver crise onde não há - mas há limites na superação. O Palmeiras não tem um matador, não tem centroavante. Desde Vagner Love não temos o cara que resolve lá na frente, o que tira o sono dos beques e abre espaços para o nosso bom plantel de meias.
O que sei é que foram – recuso-me a escrever o nome daquele time – tirar um jogador do Vasco, outro do Goiás e outro do Fluminense e nós, como que orgulhosos, ficamos com a velha máxima de “não vamos entrar em leilão”. Lembro que massa falida também é leiloada e se continuarmos apanhando nos clássicos, vamos perder torcedores, e se prosseguirmos nesta incompetência em descobrir novos valores, ou desprezando-os quando batem à porta, ficaremos lamentando a falta de grana, a falta de sorte, a sinastria desfavorável, a “vecciaia” etc. E haja grapa para afogar as lágrimas...
Edman Izipetto, jornalista e com saudade de tirar sarro, e não sofrê-lo, nos clássicos.
07/02/2006

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