sexta-feira, 6 de outubro de 2006

A solução é trocar “oceis” por meia dúzia

            Patética a demissão de Tite. Não sou fã do trabalho, mas ele havia dado um prumo na torre de piza que está o futebol do Palmeiras. Antes havia dinheiro e não havia time. Hoje estamos sem os dois. Que digam os números...
            Números do Campeonato Brasileiro que o meu Palestra não consegue nem o prêmio consolação da Sul Americana. Números que apontam o saldo negativo de gols desde o início do torneio. Quem leva mais que faz, não vence. Ainda bem que temos ótimos goleiros senão a casa já estava pra lá do Mediterrâneo.
            Números que pipocam na imprensa, nas entrelinhas dos desabafos dos jogadores – e com razão – sobre o atraso nos pagamentos. Onde falta pão falta disposição, falta raça e sobram futricas, diz-que-diz e essas picuinhas que atrapalham qualquer conjunto.
            Dentro das quatro linhas o time é instável. Perde do lanterna e vence o líder. Completa uma série invicta após ter uma invencibilidade negativa. Quando parece que vai ressurgir, toma de goleada. Está entre o céu e o inferno. E digamos lá que este céu não é tão de brigadeiro assim que hoje em dia, permanecer na primeira divisão já será uma conquista.
            Nossos jogadores não são inferiores aos do Grêmio – que até outro dia dividia a últimas colocações com a gente – e, no entanto, eles conseguiram se superar e hoje estão buscando o título. O que nos falta?
            Trocar a mentalidade tacanha, arcaica e de administrador de armazém – pois tratam a instituição Palmeiras como secos e molhados – por uma gestão profissional, com planejamento, prêmios por resultados e conquistas. A parceria só virá após essa “revolução” e não por conta dela. “Oceis” que não querem largar a mortadela, deixem que profissionais o façam que ela vira um Parma.

Edman Izipetto, palmeirense, preocupado em consultar a tabela só na parte final.
06/10/2006