Não existem 20 clubes em condições de disputar o Brasileiro da primeira divisão. Acho que 16 era um bom número (tanto é que caindo quatro a conta é essa). Ao contrario do que os “coronéis” do esporte argumentam, isto fortalece aos clubes com planejamento, aos que investem, aos que tem profissionais nas áreas esportivas e administrativas, é a morte aos times que servem de outdoor para divulgação de ambições pessoais.
Na verdade o futebol virou refém da televisão, ou melhor, de uma emissora de tv, que já interferiu na duração do campeonato, impõe horários anti-desportivos, sob sol forte, ou anti-torcida, ás 22 horas no meio da semana. Faz isso com todos os participantes para passar o futebol, em rede aberta, apenas para duas torcidas e conseguir ibope na sua grade de programação.
Agora está fazendo lobby para que o calendário do futebol brasileiro não se adeque ao do europeu. Quer que nossos clubes continuem começando o torneio com um plantel e terminando com a sobra (os que os clubes europeus e asiáticos não querem ou devolvem). Tudo isso para completar sua grade de programação. Quer que se continue a jogar de quarta e sábado e, a título de amistosos caça níqueis da seleção, os clubes fiquem 10 dias sem jogos oficiais no meio do campeonato.
Mas voltemos ao Palmeiras. E aí? Depois de tudo o que passamos na segunda divisão, é favorável que se aumente o número de participantes? Eu gostaria de saber, pois acho que a diretoria se ausentou demais, no ano passado, no episódio da anulação de jogos e estou temendo pelo andamento normal das partidas na Libertadores, já que nossos adversários estão se mexendo nos bastidores da sulamericana contratando, inclusive, parentes para seus quadros.
Palmeiras, Palmeiras, não é só dentro das quatro linhas que se ganha campeonato, fora dele também é necessário craques.
Edman Izipetto, jornalista e leitor de Maquiavel
02/02/2006
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