sábado, 24 de dezembro de 2011

O último Natal da humanidade...

... do ano de 2011 começa hoje.

Tem muita gente que gosta, algumas se entristecem e poucas, muito
poucas, detestam. Assim como não se explica a euforia, o oposto também
não tem razão. A única verdade do Natal é que era uma festa pagã
ligada ao sostício de inverno, quando as noites são mais longas no
hemisfério norte, daí a tradição de se enfeitar de luzes, comer
exageradamente e botar o pé no barril (lá não tem jaca, a jaca é
nossa).
A igreja tentou combater o "paganismo" e se apropriou da data,
inventando o nascimento de Jesus próximo ao sostício; é o pegaram para
Cristo porque não há registros que garantam que ele tenha nascido
neste ou em qualquer outro dia. Tanto que a crucificação não tem dia
certo, é uma sexta-feira...Mas a idéia da Igreja não deu muito certo
e, quando houve a reforma protestante, a idéia de Natal foi abolida.
Hoje temos uma festa pagã com princípios cristãos, porque nesta época
é que ocorrem grandes manifestações de amor ao próximo e distribuição
de presentes. Aliás, o Noel é uma invenção de dois novaiorquinos, lá
pelos tempos da revolução industrial. Os protestantes da nova
Inglaterra, sabendo da origem das festas Natalinas, tentaram proibi-la
da colônia. Não sei os nomes, mas um inventou a história de St Klaus,
com a distribuição de presentes (um papa de nome Nicolau tinha o
costume de presentear), principalmente porque criança antes não era
vista como tal, e sim como mão de obra barata, e outro, ilustrador,
desenhou o Noel como o vemos hoje, e foi o mesmo ilustrador que criou
a figura do Tio San e os bichos dos dois partidos políticos de lá.
Hoje Noel é mais lembrado que a pseudo data natalina, mas ainda bem
que os princípios pagãos persistiram, porque ia ser muito chato jejuar
num dia como este.
E para nós, aqui no hemisfério sul dos trópicos, é verão, os dias são
mais longos que as noites, no máximo cai granizo e nossa lenda mais
apropriada seria um saci, apenas de sunga, escondendo presentes aqui e
acolá. E temos jaca para poder por o pé, já que, segundo os Maias,
este é o último Natal da humanidade.

Ho, Ho, Ho, Feliz Natal, e sigo na minha canoa puxada por oito botos cor-de-rosa

Nenhum comentário: