Primeiro que temos que começar a pagar as loucuras de dezembro. Sim, o Natal faz isso com a gente, deixa-nos com dívidas por uma noite de brindes. E lá vem o aviso do IPVA, que nos chega entre o Natal e o Reveillon, eu não abro que é para não azedar a maionese, e o carnê peso-pesado do IPTU, que entra ano sai ano, minha casa não cresce, não produz galhos nem puxadinhos, mas a prefeitura de minha cidade consegue as melhores explicações para justificar o porquê você tem que pagar o condomínio acima da inflação.
E o que faz toda essa gente dentro dos carros, nesta fila insana e na mesma hora, tentando chegar no trabalho que deveria estar de folga. As obras de duplicação, abertas em meio as primeiras chuvas do verão, estão paralisadas. Há postes no meio do asfalto novo, coisa que tento entender, mas não explicar, e às obras nas duas laterais junta-se o piso castigado pelas águas e veículos pesados. Um caminhão expelindo fumaça pelas ventas e carregando pedras puxa a fila numa velocidade irritante. Não há como ultrapassar...
Em não havendo as filas duplas das escolas, há os motoristas de férias, que trocam o frenesi do horário certo pela lerdeza de dirigir despreocupadamente, ousadamente de bermudas e sandálias de tira, livres da gravata mas de celular em riste, pilotando com apenas um dos membros seu possante e não se importando com a fila atrás e aos montes. Trafegam pela cidade com se estivessem à beira da praia, olhando a beleza dos bronzeados ou escutando ondas...
Edman Izipetto
10/01/2008
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